sábado, 20 de junho de 2009

Obrigado Muricy!


Sou um apaixonado.


Procuro colocar vibração e emoção em tudo que faço. Futebol então...


Sou saopaulino. FANÁTICO!!!


Vou ao estádio, vibro e sofro com meu time. Mais vibro do que sofro, apesar de que são as derrotas que parecem me fazer ainda mais saopaulino. São nessas horas que percebo com mais clareza meu incondicional amor ao tricolor paulista, amado clube brasileiro...tu és forte, tú és grande, dentro os grandes, és o primeiro....


É de se imaginar então que esse ano não está sendo fácil para mim.


Não, claro que meu time não caiu para segunda divisão, afinal de contas estou falando do mais vitorioso time da história do futebol brasileiro, hegemônico em conquistas do título nacional, continental e mundial.


Primeiro o insucesso no Paulista. Agora a desclassificação da Libertadores. Doeu perder para o Cruzeiro em casa, mas mais do que a derrota em si, o maior incomodo foi a forma apática que meu time se apresentou.


Ganhar e perder fazem parte do jogo, apesar de que para nós saopaulinos a vitória é sempre mais corriqueira. Arrogância tricolor? Não, apenas números.


A maior perda porém não foi a derrota em campo, mas sim o desligamento de Muricy Ramalho do São Paulo.


É fato que era hora de reformular o elenco do São Paulo, salvo honrosas exceções, hora de limpar a casa. Faz parte da natureza das coisas, ainda mais quando se trabalha em grupo. De tempos em tempos é preciso revigorar as tropas, não necessariamente os generais, esses devem, tem que durar mais.


Poderia ser o próprio Muricy o condutor desse processo, aliás em minha opinião, ninguém melhor que o próprio, até para corrigir seus erros. Dos defeitos de Muricy, burrice não é um deles, assim certamente essa derrota traria ensinamentos ao nosso técnico. Ensinamentos que ele poderia usar a nosso favor e não contra o que brevemente irá acontecer ou alguém acha que Muricy não tem mercado e vai ficar desempregado?


Transparente, até demais, Muricy nunca foi uma flor do campo no quesito relacionamento. Virtude em exagero vira defeito. Por vezes faltou a Muricy uma certa capacidade de transigir, assim nosso adorável rabugento foi abrindo frentes de batalha, criando desafetos. Muitas frentes abertas ao mesmo tempo é fórmula certa para queda, Napoleão, Hitler e tantos outros nos ensinam isso.


Como saopaulino lamento demais a saída do Muricy, para mim uma perda irreparável. Olha que nem estou levando em conta a contratação de seu substituto, Ricardo Gomes um notável "nada" como técnico. Aliás nem como jogador Ricardo Gomes me encantava. Ele era meio torto, assim como um carro desbalanceado...


Vou sentir falta da vibração do Muricy e de sua interação com a torcida, não me lembro de nenhum técnico (nem mesmo Telê Santana), que desse essa relevância para a torcida tricolor.


Muito obrigado Muricy, pelos títulos, por sua garra e por seu respeito para com nós torcedores.


Desejo para Muricy toda sorte do mundo.


Ah! Desde que não seja contra o tricolor.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lalá: um vencedor.

Passei por uma tremenda mudança em minha vida. Emagreci muito. Nasci de novo.

Nesse processo comecei a correr, algo que passou a fazer parte de minha vida.

Com treinos específicos você pode melhorar sua performance e ser mais rápido, mas eu que definitivamente não tenho o biotipo clássico de corredor (aliás bem ao contrário), vou mais na base da força de vontade, na dedicação, na linha do devagar e sempre.

“Fazer tempo”, como se diz no mundo dos corredores, depois de algumas contusões (todas elas frutos da busca de melhores resultados) é algo que está definitivamente fora de minhas pretensões. Já me convenci que correr para mim tem que ser algo confortável. O importante é chegar bem, conciliando o prazer de concluir a corrida com o bem-estar que essa atividade pode te proporcionar, sem stress. “Run for fun”.

Dos prazeres que correr já me deu, batizar novos corredores é o maior deles. Testemunhar o início de uma trajetória, presenciar a superação de um limite, a chegada de um novo corredor para nossa “turma”, não tem preço. Aliás, essa turma não para de crescer e as provas de rua são a maior prova disso.

Por meu intermédio grandes amigos chegaram a esse universo.

De todas as provas e momentos que compartilhei com esses amigos, de todos os batismos, um em especial guardo com profundo carinho.

Era um fim de ano e eu havia conversado com meu amigo Laércio, o Lalá, sobre estar correndo e como isso era bom. Entusiasmado ele fez sua primeira inscrição. Era uma Corpore de Natal, corrida comemorativa de 5,5km, sem marcação de tempo, dentro do Parque do Ibirapuera.

Começamos bem, curtindo a prova e seu clima festivo. Lá pelo KM 3 meu amigo começou a apresentar os primeiros sinais de cansaço. Ajustamos as passadas, buscamos um ritmo ainda mais confortável e fomos superando metro por metro a distância que ainda faltava.

Reta final. Apenas quinhentos metros nos separavam da linha de chegada, mas o cansaço parecia ser uma barreira instransponível. Era hora de correr com o coração, deixar a emoção de superar aquele limite, fazer daquele momento o marco inicial de uma trajetória que ainda traria muitas conquistas.

Correndo ao seu lado com palavras de apoio, tirei do “Lalá” suas últimas forças para cruzarmos a primeira de muitas linhas de chegada que estariam por vir.

Não consigo esquecer a alegria de meu amigo por conseguir completar sua primeira corrida. Era a primeira conquista de muitas que viriam.

Hoje, 1.6.2009, pela manhã recebo a seguinte mensagem do Lalá:

“O tempo passou rápido desde as primeiras passadas nas corridas e com a sua ajuda completei minha primeira prova. Estava contaminado pelo bichinho da corrida e ontem, 31/05/2009 completei minha primeira maratona.”

Eu que um dia te apoiei em sua primeira corrida, tenho agora em você exemplo e fonte de inspiração para um dia também fazer minha primeira Maratona.

Parabéns Lalá por sua conquista. Estou muito orgulhoso de você.